Vandalismo nas escolas
É triste ouvir o Secretário da Educação, meu grande amigo José Renato Nalini, falar do vandalismo que destrói dezenas de escolas todos os anos, apenas em São Paulo.
A escola é um bem público. Se ela é administrada pelo Governo, ela pertence à população, é erguida e mantida com o dinheiro dos impostos pagos pela população, tem como objetivo formar os jovens que são parte desta população, sua missão é criar cidadãos.
No entanto, estas escolas, estes edifícios e seus equipamentos são alvo de vândalos que não se preocupam com o estrago feito, com os colegas que não poderão ter aula ou as terão em condições lastimáveis.
A pergunta que fica é o que está acontecendo com o Brasil de uma forma geral? Não são apenas alguns alunos que perderam a noção do que pode e do que não pode. Adultos estão tão destrambelhados quanto os alunos, que quebram escolas e cometem atos de vandalismo tão ou mais sérios, como se fosse normal proceder assim, como se estivesse certo destruir e quebrar pelo prazer de destruir e quebrar.
Entre as várias colocações do Secretário da Educação, uma se destaca e coloca um ponto de interrogação na frente de todos que se debruçarem sobre o problema.
Parece que muitos pais de alunos se esquecem de quem é o responsável pela educação dos filhos. A Constituição realmente fala que educação é dever do Estado e direito do cidadão. Mas a Constituição vai além e, junto com o Estado, coloca a família e a sociedade como corresponsáveis pela educação dos jovens.
Colocar filhos no mundo é bom e faz bem, mas educar os filhos é bem mais complicado. É aí que a porca torce o rabo. Como a escola pode educar os jovens se em casa eles não recebem educação?
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