Vamos proibir os aviões de voarem
Tem gente inteligente com poder de vetar ou não vetar, que acha que o WhatsApp deve ser bloqueado porque se recusa a obedecer e dar informações sobre assuntos a que essas pessoas gostariam de ter acesso.
Para elas é indiferente se cem milhões de brasileiros ficarão sem poder fazer negócios, trocar informações ou simplesmente contar piadas, se valendo de um meio legal, dentro do mandamento constitucional que garante a liberdade de expressão para todos no território nacional.
Como o aplicativo não faz o que a autoridade deseja, tira-se o aplicativo do ar. Essa soberba mostra que não é o aplicativo que imagina que o Brasil é uma republiqueta, são as reações dessas autoridades (graças a Deus, minoria) que dão essa impressão para nós e para o mundo.
Não passa na cabeça de ninguém minimamente sintonizado com o mundo real, exceto em democracias como Cuba ou Coréia do Norte, retirar do ar um serviço da importância do WhatsApp, que resolve a vida de mais de cem milhões de pessoas numa época de crise como a que atravessamos.
Este é um problema que o país tem que enfrentar. Pessoas sem sintonia com o mundo real causam prejuízos e incômodos de todos os tamanhos para milhões de pessoas que não têm nada com o problema que eles desejam resolver. O duro é que fica o dito pelo não dito, porque são inimputáveis e não os responsáveis exclusivos pelos transtornos que sua tacanhice mental causa aos cidadãos e à imagem do país.
Ao contrário do que eles afirmam, ou seja, que o WhatsApp tem que fazer o que eles querem, senão tiram o aplicativo do ar, são eles que precisam pensar em medidas mais eficientes do que prejudicar a população para fazer suas ordens serem acatadas.
Aliás, seria interessante lerem o clássico “O Pequeno Príncipe”. Lá aprenderiam que as autoridades só devem ordenar o que é razoável.
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