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Crônicas & Artigos

em 11/07/18

Vamos fechar a CET

Alguns anos atrás, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso sugeriu a descriminalização da maconha como uma forma eficiente de combate ao tráfico de drogas.

Na mesma linha de pensamento do ex-Presidente, gostaria de colocar o fim da CET como a melhor forma de melhorar o trânsito de São Paulo.

O trânsito da cidade, na visão do paulistano, é caótico, não tem jeito, não anda, não tem perspectivas de melhorar.

Ora, há décadas a CET é responsável pelo trânsito da cidade. Se neste tempo ela não conseguiu fazer nada para melhorar o que não era tão ruim, então não tem porque manter a CET.

Aliás, os números apontam exatamente isso. Ao longo dos anos, o trânsito só piorou e a CET, apesar de seu poder – que permite aos seus patéticos agentes se imaginarem os cavaleiros andantes da ética nacional –, ajudou no desmonte.

Ajudou com a empáfia dos marronzinhos que fingem que estão trabalhando, quando de verdade só estão falando em seus celulares. Ajudou no desmonte sistemático da rede de semáforos. Ajudou na falta de faixas nas ruas. Ajudou na sinalização que parece mais o samba do crioulo doido do que algo sensato, feito para colocar alguém dentro de um sistema lógico de informações concatenadas. Ajudou nas placas com os nomes das ruas escritos sem levar em conta quem é o homenageado. Ajudou na maluquice de certas ciclovias que se misturam com os corredores de ônibus ou sobem ladeiras íngremes, no meio das quais acabam sem aviso.

Se sem a CET o trânsito continuar ruim, não tem problema, não tem nada de novo. Mas a cidade terá feito uma economia significativa com o corte do pagamento dos salários e dos equipamentos destinados a manter a CET funcionando. Tanto faz o cenário, o fim da CET é um grande negócio.


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