Tomara que seja só transição
Faz algum tempo, a Eletropaulo foi vendida. Na ocasião pensei seriamente em soltar rojões. Afinal, a Eletropaulo nas mãos dos antigos donos concorria com a CET, disposta a arrebatar o título de a mais incompetente de todas as organizações brasileiras.
Um amigo do mercado financeiro chegou a sugerir que o mau funcionamento da empresa era porque seus acionistas tinham criado uma startup para fabricar velas sintéticas e lampiões ecologicamente modificados e pretendiam fazer o lançamento das ações em Nova Iorque.
A Eletropaulo foi vendida e surgiu uma luz no fim do túnel. Há chance de melhorar! Um vento otimista soprou sobre a cidade. Até as chuvas começarem. Aí a realidade mostrou que está tudo como estava. Espero que seja por conta do período de transição. O estrago era grande.
Mas no dia 19 de novembro quase perdi a esperança. Meu bairro ficou 13 horas sem energia. Das 17:45 até as 6:50 do dia seguinte.
O mais grave não é faltar luz, isso pode acontecer até no paraíso. O problema foi o péssimo atendimento dado ao longo do período de trevas. Telefonei pouco depois da queda da força, esperei e esperei até fazerem que iam atender e derrubarem a ligação. Depois decidi usar um novo serviço oferecido aos consumidores, em vez de esperar você se cadastra e eles ligam de volta quando chegar sua vez.
Como meia hora depois não tinham retornado, liguei de novo e fui, pasmem!, rapidamente atendido. Falei da falta de luz, a atendente me disse que estava anotado, mas não podia garantir a hora da volta.
Três horas e meia depois me ligam da Eletropaulo. Era o retorno do meu agendamento. A atendente não sabia que eu já tinha sido atendido, não tinha nenhuma informação a respeito do problema, me recadastrou e disse que a luz voltaria por volta de duas e meia. Voltou as 6:50. Que medo!
Voltar à listagem