Todo dia é dia da mulher
Faz vários anos que eu não escrevo uma crônica homenageando as mulheres no dia 8 de março. A razão é simples: eu não considero o dia 8 de março diferente de qualquer outro dia porque todo dia é dia da mulher.
A mulher não precisa um dia especial para ser homenageada. A mulher é homenageada todos os dias do ano, desde o momento em que o dia nasce até o final da noite e a nova madrugada.
O sol se levanta para homenagear a mulher. Sem ela o sol seria frio e triste. Por isso ele a procura todas as madrugadas como forma de aumentar seu calor, seu brilho e suas bênçãos para os homens.
Mas não é apenas o sol que homenageia as mulheres. A brisa que passa carregando o cheiro da terra molhada, carrega de verdade o cheiro da vida, que é o cheiro da mulher.
E as montanhas e os vales, as praias e os rios, as campinas e os planaltos, a mata fechada, os campos, a lavoura madura, não são mais do que esculturas do corpo da mulher moldadas no chão do planeta, porque não há forma mais bela, nem mais harmoniosa do que ela.
O voo dos pássaros é uma homenagem à mulher. O canto dos pássaros insiste em homenagear a mulher.
Os pastos verdes, as árvores floridas, o capim gordura colorindo os campos no outono, tudo fala da mulher.
As praias, os rochedos, os costões, os recifes, o ciclo das marés e o cheiro de maresia são partes da mulher. E existem por causa dela.
A lua cheia no céu iluminando as águas de um lago reflete o brilho dos olhos da mulher.
A mudança das estações e o ciclo da vida se confundem na eternidade da mulher. No absoluto da mulher. Na esperança e no sonho.
Por isso todo dia é dia da mulher. A mulher é a fonte da vida.
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