Tem tudo para dar bobagem
As eleições brasileiras serão uma caixa de surpresa. Quer dizer, as eleições para presidente e governadores, porque as eleições para o legislativo são eleições quase de cartas marcadas, com a renovação esperada pelo povo sendo jogada para o futuro, quando Deus quiser e o diabo permitir.
Não tem como ser diferente. A eleição de caras novas não vai acontecer porque o desenho do processo foi milimetricamente feito para permitir a reeleição dos que estão aí, fazendo de conta que nunca estiveram, mas sem a menor vontade de sair.
A porca torce o rabo quando o tema é eleição do presidente. Nenhum candidato empolga, nenhum mexe com imaginário popular, nenhum tem apelo mais forte ou algo que justifique uma dose mínima de empolgação.
Isso está levando a desenhos equivocados, a interpretações sem sentido, a invenções sem base concreta.
Também está levando a criações mirabolantes, a verdades que não existem, a figuras de desenho animado, a caricaturas do Donald Trump. O quadro está feio e a mentira corre solta à esquerda e à direita, como se o brasileiro fosse um bobo que não merece nenhum respeito.
O duro é que, dependendo do andar da carruagem, pode dar besteira, e besteira grossa, dessas que leva mais de 20 anos para conseguir consertar um pouco.
O que nós temos pela frente é extremamente sério. O futuro do Brasil está na marca do pênalti e os batedores são de quinta divisão. Se não votarmos com muita consciência pode acabar muito mal.
Eleição não é protesto, eleição não é conselho de estudantes, nem festa junina, nem rodeio de peão. Eleição é escolha, é definição do futuro e, depois que o voto é contado, não tem volta. Pense nisso na hora de votar.
Voltar à listagem