Show de horrores
As aparências enganam. Isso é velho como o tempo e tem servido ao longo dos séculos para muito bandido passar por bonzinho. É só olhar a quantidade de gente que faz que acredita, que se diz bom cristão, mas que para na pose para inglês ver, fingindo que está rezando, sem nunca estender a mão para ajudar alguém, nem colocar em prática as lições do Cristo. Carolas, na acepção feia do termo, que passam por gente fina.
Por que estou começando assim? É raiva de alguém, decepção com algum político? Não, nada disso! É que as aparências me enganam quase todas as manhãs, quando passo pela Praça do Por do Sol.
Meu amigo e grande advogado, Dr. Cajé para os íntimos, presidente do CESA, uma das mais importantes organizações de estudo do direito brasileiro, me escreveu jogando um balde de água fria no meu entusiasmo sobre a Praça do Por do Sol.
O que parece ser não é. Simplesmente não existe a paz que eu imaginava passando pelo pedaço de manhã cedo. É que os monstros ainda não acordaram ou, se acordaram, não chegaram lá.
Muitos anos atrás, quando Luiza Erundina foi prefeita da cidade, a Praça do Por do Sol foi completamente desvirtuada, na mesma direção que a levou a querer transformar a casa do Conde Matarazzo em museu do trabalhador.
A tranquila praça de bairro foi tomada de assalto por drogados, vagabundos e assaltantes, o que aumentou muito os números da violência no Alto de Pinheiros.
Eu imaginava que isso tivesse acabado, mas não. A toada segue firme e forte, cada vez com mais drogados invadindo a praça, comprando e vendendo drogas leves e pesadas e ameaçando quem mora em volta. Para não falar em tentativa de assassinato. Tudo acontecendo à luz do dia.
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