Serviço mal feito dura pouco
A Prefeitura está lançando um amplo programa para tapar a buraqueira que tomou conta da cidade, muito pela qualidade ruim do asfalto utilizado na gestão passada, feito com tecnologia boliviana.
Se a Prefeitura fizer o que diz que vai fazer, ficaremos bem na foto, os carros agradecem, o bolso agradece, a qualidade de vida agradece.
De qualquer forma, o trabalho vai sendo feito e algumas ruas estão tendo os buracos tapados, o que é muito bom, mas seria melhor se o serviço fosse sempre feito com capricho.
Nem todo o serviço está sendo bem feito. Em vários lugares o asfalto novo não está nivelado com a rua, em outros, alguns buracos não foram tapados. Enfim, é preciso prestar atenção.
Nada contra remendos. É assim que as coisas são feitas no mundo inteiro, inclusive nas pistas de automobilismo. Acontece que existem três tipos diferentes de serviços e a regra vale para tapar buracos.
Os serviços muito bons são aqueles em que o remendo é feito exatamente de acordo com a pista. O melhor lugar para vê-los é nas rodovias paulistas privatizadas.
A segunda categoria, a do serviço bem feito, é a que entrega um bom serviço, mas que poderia ser melhor. Seja lá pela razão que for, a turma encarregada faz bem feito, mas não capricha. É aquela coisa de seguir o manual sem se esforçar para fazer um pouco melhor. Falta amor, falta empenho, falta boa vontade, mas o serviço é apresentável.
Finalmente a terceira categoria é a do serviço ruim, antigamente chamada de serviço de porco, mas que, nos dias de hoje, seria inadequado porque pode ofender a vasta categoria dos suínos selvagens e domésticos.
A Prefeitura precisa ficar alerta, tomar cuidado e ficar em cima. A terceira categoria não pode ser tolerada.
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