Quem controla os drones?
Confesso que estou pasmo. Até agora a CET não usou seu enorme poder de convencimento para conseguir o controle do tráfego de drones.
Qual a razão disso? Ninguém sabe. Nem especialistas do Centro de Estudos Aerosubterrâneos de Tremembé do Lado Esquerdo, nem leigos, torcedores do XV de Pirarucu.
É mistério de encher os olhos de roteiristas de cinema catástrofe. Por quê? Por que sim? Por que não?
O fato completamente atípico é o silêncio da CET em assunto de seu interesse direto.
Imagine o controle dos drones! É sonho além da imaginação. No entanto, está aí, pronto para ser realizado, pronto para virar verdade. Só depende da própria vontade da empresa.
Se pedir, depois de tudo que tem feito para parar São Paulo, a administração municipal não tem como dizer não.
Tem? Como? O assunto não é da alçada dela? Isso é só um detalhe.
Quem liga para quem tem ou deixa de ter a responsabilidade pelo assunto? Se a CET pedir, com os quilômetros de faixas de ônibus e bicicletas pintadas com tinta de urucum boliviano, não tem como dizer não.
Se precisar, inclusive, é de se imaginar interferências em nível mais elevado, contatos diretos com os altos escalões do Partido.
Nada fora do padrão que resultou nos escândalos da Petrobrás e outros com o mesmo teor. Se pedir leva, e com elogio do Planalto.
Imagine a regulamentação do tráfego de drones nas mãos da CET! Se todos os anos morrem 60 mil brasileiros no trânsito, com os drones com ela esse número deve bater fácil na casa dos 80 mil. Afinal, incompetência no ar mata mais do que incompetência na terra. O único problema é a Infraero deixar.
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