Quem ama, vota
As eleições municipais estão chegando. Mais um pouco e teremos que escolher quem será nosso prefeito pelos próximos quatro anos. É muita responsabilidade.
É olhar a cidade. Ver a sujeira, sentir o cheiro de urina, de fezes, de coisa podre. É ver seres humanos deitados em cima da própria sujeira, se arrastando feito larvas. É caminhar pelas calçadas esburacadas, tomadas de assalto por vendedores de tudo e de todos os jeitos. É olhar os prédios pichados, os muros pichados, a falta de cuidado com a coisa pública. É tudo isso e muito mais para sabermos que não é esta a cidade que queremos. Não é esta administração que nós queremos.
É olhar a ponte construída para porta-aviões passarem por baixo. É cruzar o túnel e parar no semáforo na saída. É lembrar que o túnel se transforma em piscinão. É ver os ônibus solitários navegando pelas faixas exclusivas. É ver os carros parados, os ônibus parados, as motos paradas par se ter certeza que não é nenhuma dessas a administrações que nós queremos.
É ver as árvores sem manutenção caírem ao primeiro vento. É ver as praças abandonadas. É ver a falta de atenção e cuidado com quem precisa de atenção e cuidado para se ter certeza que não é essa a administração que nós queremos.
É ver e ouvir as balelas que são contadas em rede de televisão. É saber o que os outros também passam assaltados no trânsito, parados no trânsito, massacrados pelo trânsito para se ter certeza que não é essa a cidade que nós queremos.
Então, se nós sabemos o que não queremos é mais fácil escolher o que nós queremos. Ou deveria ser. O duro é a falta de opção. No final, triste, teremos que escolher o menos ruim. Pense nisso e escolha certo.
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