Quebra-quebra pré-organizado
É curioso como os quebra-quebra “espontâneos” que vão assustando o Brasil têm algo em comum: a quantidade de ônibus parados próximos, depois de descarregarem a turba que vai “espontaneamente” protestar contra o governo brasileiro, seja ele quem for, se não for o PT.
Estive em Brasília no dia seguinte a uma destas manifestações em que puseram fogo em banheiros químicos, no Ministério da Agricultura, e depredaram o Ministério da Cultura. Conversando com gente de todos os setores e profissões, ficou claro duas coisas: boa parte dos manifestantes foi levada de ônibus e muitos deles receberam 100 reais para serem espontâneos.
Eu considero o protesto, nas democracias, a forma mais justa de manifestação, mas uma coisa é protestar, outra, quebrar por quebrar.
O apavorante é que no mundo todo polícia é polícia, mas no Brasil a polícia é impedida de ser polícia. O resultado é o que vamos vendo pela televisão e internet. A mais absoluta bagunça em nome de frases velhas e ideias mais velhas ainda, acobertando a mais deslavada corrupção.
É surpreendente, mas ainda tem gente que acha que as coisas não aconteceram como aconteceram. Que é tudo um grande golpe contra o povo e os progressos conseguidos nos últimos 13 anos, nos quais o PT mandou e desmandou, em nome dos pobres que continuam pobres e sem emprego, mas em benefício dos amigos do Lula que, de sindicalistas e outros cargos que não deveriam remunerar tão bem, pularam para lugar de destaque entre os ricos do mundo.
O importante é quebrar por quebrar. Meter pedra, pau, rojão e o mais que encontrarem nas vitrines e fachadas e, se der para saquear um pouquinho, por que não? Democracia é isso: o direito de quebrar, enquanto os Batistas que pagaram a turma da bandalheira vivem em Nova Iorque.
Voltar à listagem