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Crônicas & Artigos

em 30/04/14

Quatro casarões

por Antonio Penteado Mendonça

São Paulo fica cada dia mais louca. A cidade e seus habitantes. Por conta de ideias sem muita base empírica nos demais países desenvolvidos, uma série de imóveis sem muito valor arquitetônico, apenas por serem projetos de arquitetos conhecidos, estão sendo tombados.

Quem olha Nova Iorque, Londres, Paris e compara com São Paulo verá que todas elas são mais bem preservadas. E, mais curioso, verá que as regras de tombamento são bem diferentes das nossas.

Nova Iorque não se importa cinco minutos com seus prédios só porque são antigos. São antigos e em sua maioria podem ser demolidos, dando lugar a uma cidade impressionante, com arquitetura de ponta, erguida onde antes também havia arquitetura de ponta, mas que não justificava ser preservada.

Isso não quer dizer que São Paulo não tenha imóveis preservados que merecem ser preservados. Tem e vários deles são obras de arte.

Quatro deles foram erguidos com o que havia de melhor no planeta, mas nem por isso são conhecidos como meia dúzia de vilas com casinhas simpáticas, mas nem de longe comparáveis a eles.

O primeiro é o Palácio dos Campos Elíseos. Durante muitas décadas sede do Governo do Estado, o casarão foi construído pelo cafeicultor e empresário criador do Guarujá, Elias Chaves, para ser sua residência.

Os outros dois ficam praticamente um em frente ao outro, em Higienópolis. Os palacetes do Conde Álvares Penteado e de D. Veridiana Prado estão entre o melhor da arquitetura do final do século 19 no mundo.

Finalmente, a Chácara do Carvalho, residência de Antonio Prado, não deve nada, em tamanho e arquitetura, a qualquer um dos outros.

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