Pouca chuva
Está chovendo menos do que a média histórica. Nada de novo debaixo das nuvens. Alguns anos atrás aconteceu a mesma coisa e foi um pampeiro para manter a vida no ritmo da vida.
Minha opinião é que, entre todas as medidas que foram adotadas, faltou a única com potencial para reverter o quadro e fazer a chuva cair com a intensidade das grandes tempestades, mesmo fora de hora.
Faltou procurarem a Fundação Cacique Cobra Coral. Ainda que o verdadeiro cacique tenha desencarnado há tempos, a fundação que homenageia sua obra é a única que domina os segredos dos ventos e das nuvens que trazem as chuvas.
Ninguém explicou a razão, mas o fato é que o Governo, à época, não procurou a sabedoria, o conhecimento milenar da Fundação Cacique Cobra Coral e deu no que deu.
Este ano está ameaçando acontecer de novo o que aconteceu há poucos anos. Estamos na beira de ficar com as represas mais baixas do que seria aconselhável ou no mínimo seguro, o que é quase a mesma coisa, mas não é a mesma coisa.
Na época da última escassez disseram que não aconteceria de novo porque haviam sido adotadas providências emergenciais e definitivas e que as definitivas – que deveriam ter sido adotadas há mais de 30 anos, mas como sempre não foram – dariam conta do recado e a ameaça da falta de água era um fantasma a menos na vida dos paulistas.
Como está chovendo pouco e os próximos meses são conhecidos por chover menos ainda, a situação pode se complicar. Não sei se chega no limite, mas como também não sei se fizeram as obras salvadoras, para o bem de todos, seria aconselhável encurtar os banhos, a lavagem dos carros e parar de jogar água nas calçadas.
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