Penteado Mendonça Advocacia

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Crônicas & Artigos

em 07/11/17

País de malucos

O Brasil sempre teve uma ótica meio torta ao abordar determinados assuntos. Começando pelo que é e não é corrupção, volta e meia escuto alguém dizer que fulano e beltrano devem ser condenados por isso e por aquilo para em seguida ver quem estava comentando tirar uma bela nota de 50 reais da carteira e dar para o garçom que serve aquele pedaço da festa para ser melhor atendido.

Confesso que cada vez que vejo coisas dessa natureza não consigo atinar onde está a diferença marcante entre quem dá dinheiro para conseguir o favor de uma obra e quem dá dinheiro para ser bem atendido pelo garçom.

As duas ações, no estrito senso da palavra, são corrupção. E não se diga que quem deu o dinheiro para o garçom não sabe o que está fazendo, que o dinheiro foi dado na melhor das boas fés, sem segunda intenção, exceto prestigiar o trabalho do garçom enquanto o doador desinteressado se diverte.

Quantas vezes já ouvi de gente que não estuda direito que pegou carona na tradicional “pendura” do dia 11 de agosto, criada pelos alunos da Faculdade do Largo de São Francisco e encampada pelos alunos das outras faculdades?

Será que eles imaginam que os donos dos restaurantes não têm custos e que a “pendura” fica na conta do Diabo? Que fica o dito pelo não dito? Será que se alguém entrasse na loja do pai de uma dessas pessoas, fizesse uma grande compra e fosse embora sem pagar ficava tudo numa boa? Ou iam chamar a polícia e tentar prender o ladrão?

Pois é, tem gente que acha que esses exemplos não são errados, que é assim que as coisas funcionam. Mas será que é assim mesmo? Será que sem esse jeitinho não tem jeito? Não, essa não é a regra, nem pode ser!

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