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Crônicas & Artigos

em 02/03/18

O relógio no hospital

Minha mulher foi internada no Hospital Sírio Libanês. Quem conhece o hospital sabe o seu grau de sofisticação, as instalações modernas, práticas e amplas. O atendimento primoroso e altamente profissional. A competência extraordinária de sua equipe médica. Enfim, tudo o que faz do Sírio um hospital do mesmo nível do que existe de melhor no mundo.

Não preciso dizer que não houve um único senão no tempo que minha mulher ficou internada. Ao contrário, aconteceu algo muito positivo, e que dá a dimensão do profissionalismo da equipe, depois que ela recebeu alta.

No corre-corre para ir para casa, com a alta com resultados muito otimistas, minha mulher se esqueceu de conferir mais uma vez se tinha ficado alguma coisa no cofre do apartamento.

Ela e sua irmã fecharam as malas, pegaram os pacotes levados de presente pelas visitas, boa parte cheia de chocolates e doces vindos de Uberaba, e, pau na máquina, “vamos embora para casa”.

Isso foi numa sexta-feira. E a alta foi mais agradável ainda por conta da atenção do consierge Douglas, que se esmerou em facilitar e tornar mais agradável a saída do hospital.

No domingo minha mulher deu pela falta de seu relógio e nos lembramos que tinha ficado no cofre do seu apartamento.

Sem muita esperança, enviei uma mensagem para o Douglas, que me respondeu que tinha saído de férias, mas me passou um número de telefone para que eu entrasse em contato com o Sírio e informasse o fato.

Fui atendido pelo consierge Bruno, que me pediu um tempo para verificar e, menos de 10 minutos depois, me telefonou dizendo que o relógio estava guardado e que eu podia ir buscar.

Num país onde o legal é ser esperto e embolsar o que dá, o Sírio devolver o relógio mostra que sua equipe realmente está em outro patamar.

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