O problema não é só nosso
Corrupção, ao contrário do que tentam nos fazer crer, não é uma invenção brasileira. Aliás, não temos sequer a melhor tecnologia no assunto. É ver a sofisticação dos grandes escândalos envolvendo bancos ao redor do mundo para termos certeza de que aqui as coisas são feitas sem cuidados, de forma bruta e primitiva, quase um assalto a mão armada ao caixa da empresa ou organização.
O que nos distingue é que a corrupção no Brasil atingiu firme o meio político, com gente à esquerda, direita e centro metida até os cabelos na nobre arte de tungar do povo para alegria do próprio bolso.
Isso, sim, é nosso, mas isso é decorrência da voraz classe política nacional, famosa pelos prejuízos que sempre causou ao país, muito mais por incompetência do que apenas por corrupção.
É só tomar o estrago que a manutenção artificial do preço da gasolina pelo governo Dilma Rousseff causou na Petrobrás e no setor sucroalcooleiro para se ter certeza que a corrupção é apenas uma gota no oceano de desperdício e desvios.
Quem lê a Bíblia não se espanta com o assunto. Já no Antigo Testamento a arte de comprar o outro é vista em toda sua abrangência em várias passagens, nas mais diversas situações.
O problema da corrupção brasileira é que ela tem impactos dramáticos. Afeta o atendimento à saúde, mata, condena milhares de pessoas a ficarem nas filas do SUS, quebra hospitais, atende mal quem depende da rede pública.
Da mesma forma, deixa milhões de crianças sem merenda escolar. Além de contribuir para um ensino pífio, que condena o brasileiro a ficar para trás num mundo cada vez mais competitivo. Isso, sim, é crime. E deveria ser punido em praça pública com castigos exemplares.
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