O povo votou certo
O primeiro turno das eleições mostrou mais uma vez o povo votando certo. É tradição nas eleições brasileiras o povo votar certo e depois ser traído pelos candidatos nos quais depositou suas esperanças.
Mais uma vez, vamos ter a esperança de que desta vez será diferente, que os eleitos entendam, implantem e pratiquem o que o povo espera deles.
É difícil? Depende. Depende da leitura do eleitor no segundo turno. O recado das urnas foi que o brasileiro não aguenta mais o que está aí. Tanto faz se PT ou PSDB ou os demais partidos que gravitam no Congresso, o brasileiro enjoou da discussão fictícia que durante décadas enganou a nação, garantindo o enriquecimento sem vergonha de boa parte de nossas lideranças políticas.
A primeira lição do primeiro turno é a limpeza ampla, geral e irrestrita de nomes que comandavam o show e que agora voltam para casa com o rabo entre as pernas e o sério risco de terem que prestar contas à Justiça.
A segunda lição é que o brasileiro não quer mais o lenga-lenga fantasiado de atitude política que ao longo dos últimos vinte anos engabelou a nação, dando a entender que havia uma disputa real em torno de ideias que, de verdade, não passavam de cortina de fumaça para armações de todos os tipos.
O recado das urnas não admite a possibilidade da volta ao passado, ainda que os dois candidatos a presidente representem – cada um à sua maneira – certo risco de retrocesso.
O país votou certo. Cada região, cada estado, cada cidadão defendeu seu ponto. E o novo Congresso tem outra cara. Ninguém fugiu ao seu dever e isso é bom porque mostra maturidade social.
Mais do que nunca, é preciso votar pensando no que se quer para o Brasil. Ganhe quem ganhar, esta eleição não tem volta, nem conserto.
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