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Crônicas & Artigos

em 09/06/15

O momento dos Ipês roxos

O ano está no meio. Eu sei que, pra saber isso, basta olhar a folhinha. Que junho é o mês 6, numa conta de 12. Sei também que é o começo do inverno. Que no hemisfério norte, quando esse momento chega, as folhas caem das árvores e os galhos nus falam dos ciclos da vida e da necessidade de cada um deles, marcando fortemente o momento humano diante da eternidade.

Mas eu descobri que o ano estava no meio de outro jeito. Só me caiu a ficha quando vi o primeiro de uma longa série de ipês roxos, que vão se enchendo de flores, em cachos deslumbrantes, um mais bonito do que o outro.

Os ipês roxos puxam a fila da florada dos ipês. São os primeiros e, como são disciplinados, entram em cena em sequência, para dar tempo de cada um ter seus quinze minutos de glória.

Aos poucos a cidade vai ficando mais bonita. E como as paineiras este ano não vieram com tudo, o roxo dos ipês chega quase que em primeira mão, trazendo cor para o cinza mais triste do céu de inverno e dos muros da cidade com menos luz.

A florada dos ipês roxos é deslumbrante. As árvores ficam carregadas de cachos de flores balançando nos galhos nus. É a natureza mostrando que sabe o que faz e que com ela não tem bom: ou é, ou é da forma que ela determina.

Entre os ipês roxos mais bonitos, não pelo tamanho, mas pela intensidade das flores, está um plantado no portão de entrada do prédio do Jornal “O Estado de S. Paulo”.

Não foi o primeiro ipê que eu vi florido este ano. Por isso, semana passada, quando cheguei para gravar, eu vinha preparado para vê-lo. O encontro valeu a pena. O roxo do ipê do Jornal pagou meu dia.

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