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Crônicas & Artigos

em 17/01/14

O maior risco são os guarda-vidas

por Antonio Penteado Mendonça

Nadar no mar pode ser um enorme prazer. Pelo menos para mim é, desde que era menino. Sempre gostei de atravessar a arrebentação e ficar boiando, em paz com a vida.

O problema é que isso hoje pode ser muito arriscado, ainda que o nadador não se afaste muito da praia. Ele não precisa se afastar. Os guarda-vidas, dirigindo motocicletas aquáticas, navegam em distâncias francamente perigosas para quem está no mar, para não dizer que em completo desacordo com as normas náuticas dadas pela Marinha.

É uma irresponsabilidade e vai acabar mal. Em algum momento alguém será atropelado, e se tiver sorte, será só um susto.
A função dos guarda-vidas não é ameaçar os banhistas. Ao contrário, eles estão ali para protegê-los. Para impedir que se afoguem ou sofram acidentes.

Navegando como fazem, com as motos aquáticas ou com os botes de borracha com motor de popa muito próximos da arrebentação, os guarda-vidas não estão ajudando em nada. Eles sim, são a maior ameaça para quem está no mar.

E se alguém disser que é para ficarem mais próximos dos locais de risco de afogamento, o risco de atropelarem alguém é muito maior do que o de um banhista se afogar.

Além disso, se estiverem cem metros para fora da arrebentação, podem ver melhor o que está acontecendo em volta, incluídos os que estão nadando numa boa e os que eventualmente estão se afogando.

O meio da arrebentação é o pior lugar para o guarda-vidas estar. Primeiro, porque é difícil navegar e, segundo, porque não se tem como ver muita coisa. Em nome da proteção de quem só quer aproveitar o mar, é hora do comando da polícia tomar providências e rever as instruções.

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