O judiciário não é o que estão mostrando
Me desculpe quem não concordar, mas o Judiciário brasileiro não é isso que a imprensa mostra diariamente. Pode parecer que é, mas não é. Se você prestar atenção, verá que quase sempre são os mesmos personagens que retornam, várias vezes, navegando nos temas mais impróprios e sem propósito ou fora da competência do Poder.
O Brasil tem, constitucionalmente, três Poderes, que dividem as atribuições de governar. Nenhum é mais ou menos do que os outros, mas todos têm funções claras, delimitadas pela Constituição, que devem servir de parâmetro para o trabalho harmonioso em nome do bem-estar da nação.
Acontece que nem todo mundo vê o mundo da mesma forma e alguns magistrados, lamentavelmente os mais constantes, integrantes da mais alta corte, estão se imaginando semi celebridades de reality show ou coisa do gênero ou, o que é ainda pior, quem sabe se vejam como herdeiros de Ivanhoé.
O fato concreto é que estão passando dos limites, sem perceberem, ou sem se preocuparem, com o estrago que estão fazendo na nação e na boa ordem social.
Mais grave ainda é que, ao se atirarem de ponta cabeça em suas aventuras jurídicas, ou não tão jurídicas, arrastam a imagem do Judiciário junto com eles e isso é muito ruim porque o povão acaba não sabendo distinguir entre quem aparece nas TV’s e nos jornais e quem trabalha, tentando resolver os graves problemas que afligem o cidadão comum, através de sentenças com base na lei e não numa estapafúrdia vontade de fazer justiça, de acordo com pontos de vista próprios, invariavelmente heterodoxos e que representam a vontade de meia dúzia de amigos das altas excelências. É bom ficar claro que, ao contrário deles, o juiz de carreira é sério, dedicado e trabalha, na média, muito bem.
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