O inferno é mais perto do que você pensa
Numa cidade imaginária, perdida na Mata Atlântica, a temporada de chuvas está começando, mas já deu para ter uma ideia do que vem pela frente: queda de árvores e falta de luz.
Os responsáveis são obviamente os encarregados da manutenção das árvores e da distribuição de luz.
Vai dar pau, ou melhor, já está dando pau. Não é culpa da distribuidora de energia se as árvores estão podres e caem sobre a rede aérea. Mas é culpa dela a rede subterrânea estar atrasada, se é que está nos planos da empresa mudar a forma de levar luz para a cidade.
Assim, os que pagam a conta, como sempre, pagam, além dela, os custos da inoperância ou incompetência de quem tem a obrigação de prestar serviços essenciais, como a manutenção das árvores e a distribuição de energia elétrica.
A tranquilidade com que as árvores caem é assustadora. Mas mais assustadora ainda é a demora da distribuidora de energia em consertar os estragos.
Eu sei porque li as crônicas até o final e aprendi que árvores podres caem sobre os fios da rede elétrica e a religação da energia só acontece quase um dia depois.
Mas se o consumidor atrasa na conta, a paulada vem célere. Como a prestadora de serviço público não faz sua parte e não acontece nada, apenas fica clara a necessidade da entrega, junto com a conta de luz, de placas escrito “tonto” para os milhões de moradores que são tungados.
Ao contrário daqui, na cidade imaginária, não são apenas as distribuidoras de energia que funcionam mal. Muito pior são as operadoras de internet que oferecem e cobram por uma velocidade que não entregam. Ou as operadoras de telefones celular, que não garantem nem o sinal.
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