Novos secretários para velhos desafios
O Governo ainda interino vai tentando colocar ordem na casa. É difícil. Ninguém se ilude sobre o rombo deixado pela Sra. Dilma Rousseff.
Mas, pelo menos no campo econômico, o Governo Michel Temer vai se consolidando como titular de uma das melhores equipes da nossa história. Não tem amador. Quem está lá conhece o riscado, sabe como é o jogo e está disposto a jogar para valer e tirar o país da enorme enrascada em que nos meteram.
O problema é que, enquanto não acabarem de uma vez por todas com o processo de impeachment, e Dona Dilma não for mandada para casa, o Governo Federal será interino, ou seja, sem legitimidade para promover as reformas mais profundas que a nação necessita.
Isso só deve acontecer depois de agosto. Até lá, ficamos como vamos, apesar do país inteiro, menos dois ou três, querer a saída de Dona Dilma.
Mas, enquanto olhamos o cenário nacional, a vida prossegue nos estados. O Rio de Janeiro vai de mal a pior, com uma inusitada troca de farpas entre a Prefeitura e o Governo do Estado por conta de um enorme rombo nas contas que impede de se fazer seja lá o que for, exceto os Jogos Olímpicos, que vão bem. E tem gente que está muito pior.
São Paulo também sente na pele a queda da arrecadação e os efeitos da crise. Mas não há como comparar São Paulo com o Rio de Janeiro. Em nenhum campo. Mesmo assim, os paulistas têm problemas sérios nas áreas da educação e da saúde, que, em algum momento, podem se agravar.
De outro lado, São Paulo tem gente competente disposta a participar do Governo e enfrentar os velhos desafios. Entre eles, vale citar os mais ou menos novos Secretários da Educação, José Renato Nalini, Justiça, Marcio Rosa, e Meio Ambiente, Ricardo Salles. Gente como eles inspira confiança. O que, em época de crise, é meio caminho andado para se fazer dar certo.
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