Novas ciclovias
A Prefeitura acaba de colocar no ar um plano para a criação de mais mil e quatrocentos quilômetros de ciclovias. É uma notícia muito importante e muito boa. Afinal, o uso das bicicletas está se tornado cada vez mais comum e este aumento precisa ser incentivado com a disponibilização dos corredores apropriados para os ciclistas se valerem do seu meio de transporte sem colocarem a vida em risco.
Ao que parece, o plano apresentado tem começo, meio e fim. É lógico e usa vias apropriadas para as bicicletas como fundo para a criação das novas ciclovias.
Não tem sentido fazer o que a administração do PT fez. Implantar ciclovias em ruas onde o uso de bicicletas é comparável a qualquer um dos doze trabalhos de Hércules ou por onde elas não podem passar é completamente sem sentido.
No entanto, foi isso que a administração Fernando Haddad fez, sem a menor vergonha na cara, sem estudos sérios e sem se preocupar com a real finalidade do espaço.
O negócio era ser contra o automóvel, tanto faz as consequências. É olhar a subida que dá na PUC, no Sumaré, onde uma ciclovia sobe por uma ladeira quase impossível para acabar em lugar nenhum ou ver as ciclovias se estendendo desnecessariamente pelas ruas tranquilas dos bairros residenciais para não se ter dúvida do tamanho do equívoco do que foi feito.
O novo plano parece bem mais sensato, unindo ruas importantes e corredores importantes através do uso de espaços onde as bicicletas podem ser pedaladas dentro dos parâmetros para seu uso por pessoas normais.
Quer dizer, o problema não está na ideia – essa é ótima! – está na sua implementação, feita de forma torta ou feita de forma inteligente.
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