Natal
Que o bom velhinho traga no saco de presentes a possibilidade do sonho que espanta a realidade, que ilumina o escuro, que faz a esperança ser verdade.
Tem nuvens escuras no futuro? Que a risada de Papai Noel empurre as nuvens para outro céu, em outra dimensão, onde o escuro não possa fazer mal.
Natal. Festa de compaixão e amor. Festa de entrega porque é mais difícil dar do que receber.
Eu não sei nada de outros natais, exceto que desejo pra eles a felicidade possível, embrulhada num pacote feito de orquídeas.
Que os Reis Magos ensinem a seguir a estrela guia, que mostrem a bússola e o portolano com a rota do caminho para a felicidade.
Que o gesto seja amigo e o olhar terno e quente. Que o abraço transmita sensações boas e sentimentos bonitos.
Que os olhos tenham o brilho do sol tirando o dia das trevas.
Que as estrelas abram o sorriso e a vontade de fazer o bem.
Quem sou eu para saber os segredos das almas, mas que cada encontro abra a possibilidade de todas as possibilidades.
Que as mãos se apertem com ternura. Que o carinho permeie os abraços e que a noite corra feito um rio largo atravessando uma campina.
Que a imagem do menino na manjedoura plasme mais claramente do que mil palavras a beleza da vida.
E que os reis ajoelhados ao pé do berço improvisado mostrem que ninguém é mais ou menos, mas que somos todos parte do mistério da humanidade.
Somos todos um pedaço ínfimo do divino que compõe o universo.
Natal, hoje é dia de celebrar e repartir.
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