Nas férias fica solar
Férias de verão, sábado de janeiro de 2015. Dia quente, com calor abissínio, sem chuva, céu azul, pouco depois da hora do almoço. Era para estar tudo livre, mas não, não está.
A rua está parada e a fila é longa. Não há razão para estar tudo parado e, no entanto, está. Não anda. Não desenvolve.
Provavelmente aconteceu um acidente, não há outra razão para explicar o congestionamento.
Lentamente, muito lentamente, como se um bicho-preguiça puxasse a fila, o trânsito anda. Ou melhor, se arrasta.
Não tem o que fazer, não tem como fugir, nem para onde. É ter paciência. Graças a Deus, música boa eu tenho. Então é entregar a alma pra Deus que, com ar condicionado e tudo, começa a ficar menos fresco dentro do carro.
O acidente deve ter sido sério. O que mais seguraria o trânsito deste jeito?
É férias, é sábado depois do almoço, fica difícil imaginar outra razão. Nem caminhão manobrando levaria tanto tempo.
Para encurtar a história, depois de muito tempo, eu cheguei lá na frente e deu pra ver a causa do nó.
Adivinhe! Quem pensou em semáforos sem sincronização pode tomar um picolé de cajamanga. Foi isso mesmo. O primeiro fechava, o seguinte abria num ritmo completamente diferente e o seguinte fechava de novo. Aí, evidentemente não andava.
Como o brasileiro não é famoso pela paciência nas ruas, qualquer chance de andar um pouco era aproveitada pelo esperto, que assim fechava os cruzamentos. Santa CET, que nem nas férias nos deixa esquecer do nosso inferno de cada dia!
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