Não tem como dar certo
Faz tempo que eu insisto que o Brasil foi milimetricamente pensado para dar errado. Os pais da façanha são os Constituintes de 1988, os grandes responsáveis por uma aberração que emperra o país, atravanca a nação, protege os marajás e a incompetência e incentiva a corrupção.
Isso tudo está escrito na Constituição? Não, não está escrito, mas a forma como ela condenou a nação a permanecer eternamente no terceiro mundo é suficiente para confirmar a afirmação inicial.
Destruíram o ensino, a saúde, as noções fundamentais que fazem de uma nação uma nação e de seu povo, um povo honrado, que merece respeito e um lugar de destaque entre o que há de melhor no planeta.
O Brasil foi sistemática e metodicamente destruído pelos homens públicos que exerceram o poder depois da redemocratização do país, em todos os níveis, poderes e partidos.
Não há exceção. Ou há: Itamar Franco. Dos outros, nenhum se salva. Não tem bom, não teve bom. Tem no máximo menos ruim.
Na mesma linha, é apavorante um domingo de manhã caminhar na Cidade Universitária e assistir de cadeira cativa o que é e do que é capaz parte da massa que entra na melhor universidade do país.
A Universidade de São Paulo foi criada com a missão de formar o pessoal para aperfeiçoar o desenvolvimento empresarial e a política nacional, dando-lhes os conhecimentos e os princípios essenciais para desempenhar suas funções, nos universos público e privado, cuja soma deveria resultar num país melhor e mais justo.
Vendo dezenas de alunos de porre às 10 e meia da manhã e outras dezenas dirigindo a muito mais do que 80 quilômetros por hora nas ruas do Campus, eu tive certeza – o Brasil que poderia dar certo perdeu.
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