Penteado Mendonça Advocacia

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Crônicas & Artigos

em 29/05/18

Na contramão da mão

A Avenida Higienópolis é larga e bonita. Foi aberta quando São Paulo estava começando a jornada ensandecida que a transformou num hospício.

Balizada pelos casarões dos grandes plantadores de café, a rua abrigou algumas das construções mais bonitas da cidade, começando pelos palacetes de D. Veridiana Prado e do Conde Penteado, um em frente do outro, os dois ainda de pé, mas o do Conde, atualmente, cem entrada apenas pela Rua Maranhão.

Depois vieram os prédios. E a avenida manteve o padrão. Alguns edifícios construídos nos terrenos ocupados pelos casarões demolidos, até hoje estão entre os melhores e mais finos.

E a avenida ganhou um shopping center. Bom, bonito e gostoso de frequentar, por ela, o trânsito flui quase sem problemas. O nó fica na rua do fundo, mas isso é outra história, com os mesmos personagens.

A Avenida Higienópolis é a prova viva da incompetência ou das artimanhas da CET. Da mesma forma que a rua do fundo do shopping center, onde os caminhões de entrega param como querem, do jeito que querem, sem ninguém dizer nada, enquanto os parentes dos pacientes da Santa Casa são cruelmente multados porque deixam seus carros nas ruas em volta do hospital.

Os semáforos da Avenida Higienópolis são milimetricamente calculados para fechar no exato instante que o primeiro carro a sair do semáforo anterior chega nele.

Não é erro, nem omissão, é cálculo exato, cronometrado, e vale para todos os semáforos. É ação deliberadamente feita para infernizar a vida de quem trafega pela avenida. Tem quem diga que a CET quer que os motoristas tenham tempo para ver as construções dos dois lados da rua. Mas eu duvido. A CET não tem essa sensibilidade. Ela quer o caos.

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