Má fé explícita
Quem passa pelo Viaduto Pacaembu deve se perguntar o que significa uma faixa exclusiva de ônibus na pista do lado direito, espremendo todos os outros veículos nas outras duas pistas restantes.
E o quadro fica mais estranho ainda quando se observa que nas pistas antes e depois do viaduto não há faixas exclusivas de ônibus. Ao contrário, até a entrada do viaduto todos os veículos podem trafegar por todas as faixas, o que cria um funil desnecessário, que invariavelmente complica o trânsito do pedaço.
E a regra se repete na saída, na direção do Estádio, quando os motoristas podem seguir reto pela Avenida Pacaembu ou virarem à direita, para seguirem para a Barra Funda ou para o Centro ou retornarem para a Avenida Pacaembu.
Então por que tem uma faixa exclusiva de ônibus no Viaduto Pacaembu? As respostas podem variar de acordo com o ponto de vista de cada um. Afinal, como dizia Nelson Rodrigues, a unanimidade é burra.
Mas, somando e dividindo as respostas possíveis, com certeza a média estará muito próxima de algo muito próximo à imensa má fé da CET.
Não há como ser diferente. Qual a lógica da faixa de ônibus no alto do viaduto? Nenhuma. Mesmo assumindo que a CET é a mais incompetente entre todas as incompetências geradas no mundo, o que não é pouca coisa, colocar uma faixa exclusiva de ônibus num lugar pequeno e completamente sem sentido, tanto pelo estrago na entrada, como pela complicação na saída, ultrapassa o conceito de incompetência – se aproxima do que a lei define como má fé.
É por isso que temos de exigir do candidato a prefeito que deseja nosso voto que registre em cartório que, tão logo seja eleito, acabe com a CET.
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