Júlio de Mesquita Filho
A história do ensino brasileira tem vários heróis, em todos os seus níveis e cursos. Gente que entregou a vida para a missão de ensinar, de formar, de melhorar o brasileiro.
Não é verdade que a escola brasileira sempre foi o desastre que temos hoje. Ao contrário, no passado, a escola pública era no mínimo tão boa quanto a melhor escola particular.
Tanto uma como outra foram feitas por professores dedicados, competentes e que acreditavam no que faziam. Nada de comparável com o que vemos hoje ou com propostas tão absurdas como apagar do currículo a história do mundo em nome do resgate do povo Gê.
Mas se a escola evolui pela dedicação dos professores, ela também necessita de gente competente para delimitar suas fronteiras e objetivos, traçar a política de ensino e criar a infraestrutura que permita o sucesso do empreendimento.
Na história da educação brasileira poucos momentos foram mais importantes do que a criação dos cursos jurídicos de São Paulo e Olinda por D. Pedro I.
Mas há um momento que, se não ofusca o Imperador, se coloca no mesmo plano: a criação da Universidade de São Paulo, por Armando de Salles Oliveira, no ano de 1934.
A USP é a vitória paulista, a vingança de 1932. Com ela e, depois, com suas irmãs mais moças, Unicamp e Unesp, São Paulo deslancha e chega perto dos padrões do mundo desenvolvido.
Atrás da ideia que levou a isso há um homem que tentam apagar da história, inclusive da Universidade: Júlio de Mesquita Filho. Ele é o pai da Universidade em São Paulo. Ele pensou e desenvolveu as linhas mestras para sua criação. Ele fez acontecer. Seu cunhado formalizou o ato.
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