Folga é isso
Outro dia cheguei do almoço e tinha um carro estacionado na minha vaga, na frente do escritório. Muito bem, pensei, é algum cliente. Paro na calçada e peço ao Alex que manobre para estacionar meu carro.
Parei, desci e vi que tinha um motorista no carro estacionado na minha vaga. Pedi que ele retirasse o carro para eu poder estacionar.
Quando falei com ele, o motorista me pareceu ter ficado meio sem graça, mas não dei mais atenção ao fato. Entrei no meu carro, dei ré e esperei que ele saísse para eu colocar meu carro na vaga.
Estacionei, olhei para trás e vi que o carro havia saído da frente do escritório, que estava estacionado na frente do vizinho. Mais uma vez não dei importância ao fato. Toquei a campainha, esperei abrirem a porta e entrei no escritório.
Curioso, perguntei quem era o cliente que estava nos visitando e a resposta foi que não tinha ninguém. Então perguntei de quem era o carro estacionado na nossa vaga e não souberam responder.
Simplesmente não havia gente de fora no escritório.
Fiquei intrigado e abri a porta do escritório para olhar se o carro ainda estava na frente do vizinho.
O motorista havia retornado para nossa calçada, parado o carro e olhava a casa. Quando me viu, me olhou, apontou o número e disse que havia se enganado, que procurava outro endereço.
Eu não vou brigar com alguém porque estacionou numa vaga reservada, mas a verdade é outra: o cidadão estacionou no meu escritório, na maior cara dura, porque não tinha vaga na casa ao lado. Como diria o caipira: se não vai com você, vai com tu mesmo. Eu paro onde eu quero e que se dane o resto. O problema é do resto. É por isso que também não respeitam as vagas para idosos e portadores de deficiências.
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