É hora de muita calma
Dizia o ex-governador Orestes Quércia que caldo de galinha e cautela nunca fizeram mal a ninguém. Mais do que nunca, é hora o Brasil ter muita cautela, tomar muito caldo de galinha, contar até dez e contar outra vez antes de fazer qualquer coisa.
Estamos numa curva perigosa. Tirar 2 presidentes num intervalo curto de tempo é uma temeridade, custa caro e pode não nos levar a nada mais interessante ou melhor.
Os argumentos usados pelo Procurador Geral na peça enviada para o Supremo Tribunal Federal são muito fracos e seriam indeferidos em qualquer tentativa de ação penal contra o mais criminoso de todos os criminosos, por todos os juízes de boa fé em início de carreira.
Não há nada nela que dê sustentação às acusações. No máximo, temos ilações, que, em direito, querem dizer muito pouco e, em direito penal, não existem como matéria de prova.
A peça não traz nada de novo ou relevante. Se baseia numa gravação mal costurada, sem maior valor probatório do que as ditas ilações do Procurador.
Acusar um presidente da república não é um ato leviano, pautado por ambições pessoais, cor política, dívida de gratidão com padrinhos poderosos, time de futebol ou qualquer outra ação sem provas muito consistentes.
Qual será o final disso tudo? Ainda é cedo para dizer. Eu não tenho bola de cristal, nem tenho pretensão de ser adivinho grego que lia o futuro nas entranhas dos animais mortos.
A única coisa que me preocupa é alguém decidir que é hora de matar o Brasil para tentar ler o nosso futuro nas nossa entranhas. Repetindo Orestes Quércia: caldo de galinha e cautela nunca fizeram mal a ninguém.
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