De que cidade estamos falando?
Uma coisa que me tranquiliza é ouvir as autoridades da cidade falarem sobre como vai a administração.
Confesso que todas as vezes me sinto como se estivesse em Tóquio, exemplo invariavelmente citado como metrópole a ser copiada e, se possível, fazer melhor ainda.
A tranquilidade com que as altas autoridades explicam que as pistas da Marginal são inúteis porque já estão saturadas é um conforto para a alma. Fico imaginando, se elas não tivessem sido construídas, como estaríamos e, confesso, fico espantado, não sei se com o desconhecimento da cidade ou se com a quase certeza da impunidade pela inverdade sacada como se fosse o décimo primeiro mandamento.
É quando me lembro que as altas autoridades adoram voar de helicóptero e por isso veem uma cidade completamente diferente da que os pobres mortais que andam pelas ruas são obrigados a suportar.
Mas fascinante mesmo é a qualidade das obras, nem sempre em andamento. A Avenida Ordem e Progresso, quem sabe em homenagem ao nome, é o exemplo mais claro de tudo o que não deveria ser feito.
A começar pelo traçado da faixa de ônibus, o pedaço é confuso para o cidadão comum. Mas confuso mesmo é o piso, ou melhor, a forma como o piso da pista de ônibus é conectado ao asfalto das pistas dos carros.
Se as obras públicas brasileiras, depois que o PT assumiu o poder, são da pior qualidade, o que se vê na Avenida Ordem e Progresso deveria encher de orgulho o responsável pela transposição das águas do São Francisco. Não tem como ser pior!
Mas duro é você passando por ela ter que ouvir numa entrevista que o serviço de coleta de lixo da capital é de nível internacional. Quem sabe seja, se a comparação for Mumbai, a costa da Líbia ou a Somália.
Voltar à listagem