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Crônicas & Artigos

em 28/10/14

Crise? Que crise?

por Antonio Penteado Mendonça

Crise? Que crise? A que vai ganhando o Brasil e se materializa nas dezenas de imóveis para vender ou alugar, que estavam ocupados até o começo do ano.

O primeiro sinal veio da Avenida Rebouças. No começo de 2014 suas casas foram se esvaziando, esvaziando… As placas de vende-se e aluga-se começaram a pipocar, mas a procura está baixa e elas continuam lá, vazias, fechadas, sem gerar emprego ou riqueza.

Depois foi a Rua Oscar Freire, considerada a rua mais luxuosa da cidade, palco para o desfile das poderosas e endinheiradas, endereço das grandes grifes, famosa no país e no exterior.

Loja para alugar num endereço destes deveria ser a loteria acumulada, tirar a sorte grande, mas não é, estão vazias. O que quer dizer que lá, também, a procura não está forte.

Outro dia levei quase uma hora para percorrer a Avenida Pacaembu. Dos dois lados os imóveis para alugar ou vender chamam a atenção de quem passa, com as placas tentando os interessados, que, da mesma forma que na Rebouças e na Oscar Freire, simplesmente não aparecem.

Para quem acha que já está ruim, está pior. Fui para Santos e saí da cidade pela Avenida Indianópolis. Ao longo de seu longo percurso, os imóveis vazios dão o tom, falam da tristeza das empresas que os deixaram, que foram para locais menores ou simplesmente fecharam.

É isso mesmo. Os imóveis vazios lembram empresas que se mudaram porque não deram conta de ficar neles. Ou ficou grande ou ficou caro. As duas situações são tristes porque mostram um quadro triste, onde a quebra e o desemprego marcam presença, substituindo o otimismo do Brasil de poucos anos atrás.

Agora é apertar o cinto. A época das vacas magras chegou.

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