Como ficam os números?
De acordo com o divulgado, a Parada Gay de São Paulo reuniu 2 milhões de participantes na Avenida Paulista. Depois de 20 anos, o evento está consolidado e tem importante papel no turismo da Capital.
De movimento de protesto evoluiu para uma enorme festa, com a participação de ativistas, simpatizantes e famílias inteiras sem qualquer posição sobre o tema, que aproveitam o dia para se divertirem numa passeata entusiasmada, cheia de vida, cor e muita música.
Nada de errado com isso. Ao contrário, a democratização da Parada Gay de São Paulo é sua arma mais forte na defesa dos interesses das minorias que deram origem ao movimento e que merecem o respeito da população.
A participação de milhões de pessoas é ferramenta para fazer o grito dos oprimidos ser ouvido mais alto e mais longe.
Principalmente quando se tem pela frente temas delicados e que precisam ser profundamente analisados, antes de se criarem verdades absolutas que invariavelmente, na prática, se mostram falsas.
A luta é válida, justa e necessária. A evolução da Parada, ao longo destes 20 anos, tem o condão de mantê-la viva e dinâmica, repercutindo, pela importância da cidade palco, na vida do país.
A única coisa que me parece estar destoando é o número de participantes. É bonito ver 2 milhões de pessoas tomando as ruas para fazer uma enorme festa que tem na origem a luta contra a discriminação, a intolerância e o preconceito.
Mas, se a Passeata Gay teve 2 milhões de pessoas, então os protestos contra a Dilma tiveram pelo menos isso. A mesma Avenida Paulista serviu de palco para os dois momentos e os protestos contra a Presidente tinham mais gente. Alguma coisa deve estar errada porque números não mentem.
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