Baixar a velocidade e alcançar as metas
É surpreendente, mas o argumento da Prefeitura de São Paulo para baixar as velocidades nas Marginais, e depois em toda a cidade, é que com, a velocidade mais baixa aumenta o fluxo.
Muito embora não tenham dito qual o fluxo em discussão, podendo ser da caixa d’água, dos bueiros entupidos, dos ônibus depois das faixas exclusivas ou até de carros nas ruas, o que salta aos olhos é a absoluta sinergia entre a Prefeitura do PT e a Presidência da República, também do PT.
A sensação que se tem é que o grande eleitor de postes escolheu vinhos quase que da mesma safra para ocupar a Presidência da República e a Prefeitura de São Paulo.
Não há como explicar o inexplicável, senão colocando no mesmo saco gatos, cachorros, capivaras e irerês, todos com fome e vontade de voltar pra casa.
Pense um pouco: “diminuir a velocidade aumenta o fluxo”. A verdade é tão transparente e tão perfeita quanto o célebre axioma presidencial: “a gente não define a meta; atinge a meta e aí dobra a meta”.
É a lei de Murphy levada à perfeição no campo da política. Para quem não se lembra, a lei de Murphy determina que, se alguma coisa pode dar errado, dará.
Seu primeiro corolário é: “O pão cai no tapete sempre com o lado da manteiga para baixo”. E o segundo decreta: “O prejuízo será proporcional ao valor do tapete e à quantidade de manteiga”.
No caso, a equação é simples: determina-se uma meta não determinada, que é alcançada com o aumento do fluxo pela baixa velocidade, que obriga a dobrar a meta e reduzir mais a velocidade. Entre mortos e feridos, a única certeza é o aumento das multas.
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