Assaltos e cia. limitada
Sabe qual a semelhança entre a zona norte e a zona sul? Os assaltos. Sabe qual semelhança entre a zona leste e a zona oeste? Os assaltos. Sabe qual a semelhança entre o centro velho e o centro novo? Os assaltos.
E sabe qual a diferença entre a Marginal do Pinheiros e a do Tietê? Nenhuma. Nas duas ocorrem assaltos. E entre a Avenida Paulista e a Avenida Brasil? Também nenhuma. Nas duas ocorrem assaltos.
Mas você sabe o que faz o Alto de Pinheiros e o Alto da Lapa parecidos? Não. Não é um estar ao lado do outro. São os assaltos.
Que também fazem parecidos o Jardim América e o Jardim Nova América. O Jardim Marajoara e a Granja Viana. O Jardim Paulista e o Jardim Paulistano.
Será que o Butantã é diferente? Não, não é. Lá também acontecem assaltos.
E o Pacaembu, será que é diferente? Também não. Se fosse, o bairro não estaria à venda. Nem teria guardas em cada esquina.
Por ter um terreiro de sítio montado na Rua Cássio Martins Vilaça, onde galos e galinhas ciscam ao longo da manhã, não há nada que indique que em breve ladrões de galinha não começarão a agir no pedaço.
Seja como for, se os assaltos a casas e apartamentos são uma rotina perversa e cruel, os assaltos nas ruas são, em média, tão cruéis quanto eles, e acontecem com mais frequência.
Que o diga quem circula pela região das ruas Arnolfo de Azevedo, Zequinha de Abreu e Almirante Pereira Guimarães, próximas do Estádio do Pacaembu.
Assalto nelas é rotina. Vale tudo o dia inteiro. Vale banco, escritório, carro, a pé e até tentativa de sequestro. A contrapartida é a falta de policiamento eficiente. A polícia até passa, mas não intimida, nem resolve.
Voltar à listagem