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Crônicas & Artigos

em 25/08/16

As velocidades da cidade

Diz a CET que a redução das velocidades teve como razão básica diminuir o número de acidentes e de mortes nas ruas da cidade. Sem dúvida nenhuma, a decisão seria nobre, se as razões fossem mesmo essas.

Comemorando um ano da redução das velocidades nas Marginais, a CET saca uma hipotética redução de mortes como uma vitória sem precedentes. A dúvida é se houve essa redução no número de mortes.

E vem a pergunta delicada: por que as Marginais têm mortes por atropelamento? Qual o sentido de alguém cruzar vias expressas a pé? Se não há como impedir, por que a Prefeitura não constrói passarelas para pedestres?

A verdade parece ser outra. A Prefeitura não se importa em permitir o comércio de ambulantes ilegais e assaltantes nas pistas das Marginais. Esse é o grande motivo do alto número de atropelamentos.

Não há razão lógica para alguém atravessar as Marginais para ir até as margens do Tietê e do Pinheiros. Nelas não há nada. O que há são ambulantes vendendo de tudo para os motoristas parados. E assaltantes roubando os motoristas parados.

As duas atividades são ilegais e causam prejuízos de vulto para os moradores da cidade. Mas isso não é problema da CET. Em vez de tomar providências para evitar as duas ações, é mais fácil reduzir as velocidades e gritar uma série de números não auditados para justificar a introdução de centenas de radares novos e o samba do crioulo doido nas velocidades de ruas como a Iguatemi e várias outras, onde a velocidade cai de 50 para 40 e até 30 quilômetros por hora, sem qualquer razão lógica.

Reduzindo as velocidades a CET consegue várias façanhas. Finge que os ônibus estão andando mais rápido, faz demagogia barata e abarrota os cofres da Prefeitura com milhões de reais gerados pelas multas.

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