As praças estão mal cuidadas
As praças de São Paulo estão malcuidadas. É triste, mas é quase verdade. Nem todas têm a sorte da Praça Villaboim, recém reformada e tinindo nos trinques, toda, toda, se exibindo para quem passa ficar com vontade de entrar.
A Praça Buenos Aires também está no capricho, mas as praças da Vila Formosa não estão. E outras, em outras áreas da cidade, também não estão. Ao contrário, o mato cresce e o lixo se espalha, como se as praças fossem aterros sanitários em formação, com potencial para muitos anos.
Nesse estado, tanto faz as paineiras florirem antes da hora, tanto faz as espatódias darem o melhor de si, tanto faz as quaresmeiras se esmerarem para receber a Páscoa.
Só não é tempo perdido porque os sabiás e os bem-te-vis vão aproveitar a beleza das flores para enfeitarem os ninhos.
Sorte deles, que têm as flores das árvores onde habitam para deixar mais alegre a vida e aumentar a vontade de cantar.
No reino humano, as flores estão cada vez mais direcionadas para os velórios, frutos da violência que corre solta.
Violência que começa nas pichações dos muros e segue em frente no lixo nas ruas, na sujeira nas praças, nas galerias pluviais entupidas, no descaso e falta de competência de quem deveria lidar com a cidade com o carinho que ela merece.
É evidente que há uma enorme diferença de gestor para gestor. Que o uso político dos cargos da Prefeitura acaba comprometendo algumas regiões, enquanto outras, com gente competente, florescem como as árvores do momento.
Eu sei que não vai mudar. Faz tempo que Napoleão disse que não se preocupava com a história porque quem viesse depois seria muito pior.
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