As praças e as praças
São Paulo tem um bom número de praças espalhadas pela sua imensa área. São espaços de todos os tipos e tamanhos, cuidados e não cuidados, tomados pelo lixo e pelo mato, limpos, agradáveis, com mosquitos, ratos, baratas, cachorros educados, crianças educadas e nem sempre tão educadas, enfim, com todos os componentes que as praças devem ter.
As praças da cidade variam de tamanho, vão de pequenas esquinas a quarteirões inteiros ou até maiores. Algumas são evidentemente espaços que sobraram de alguma intervenção urbana. Outras, se vê que foram planejadas para serem praças. Cada uma tem seu encanto, sua clientela, pessoas e animais que aproveitam a área para curtir dez minutos de sossego, quer dizer, quando dá.
É comum interferências externas atrapalharem o sossego. Pode ser um assalto, dois assaltos, três assaltos, um assédio, dois assédios, três assédios, nada que não faça parte da rotina e que as pessoas não estejam acostumadas.
Neste universo variado, alguns espaços se destacam. O destaque varia de pessoa para pessoa, então, o que é bom para um, não é necessariamente bom para outro.
Não vejo como alguém não se encante com a pequena Praça Villaboim, em Higienópolis. Um triângulo menor do que um quarteirão, a pracinha é uma delícia, com suas árvores quase centenárias garantindo a sombra para quem senta nos bancos espalhados pelo pedaço.
A Praça do Por do Sol poderia ser o que já foi, mas, mesmo tendo perdido muito, ainda é bonita e gostosa. A Praça Buenos Aires é ótima, mas tem vergonha da promoção a parque. Ela sabe que não tem tamanho para isso. E por aí vamos, aproveitando as praças e vivendo a vida.
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