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Crônicas & Artigos

em 25/01/16

Aniversário da cidade

Diz a história oficial que São Paulo está completando 462 anos de idade. Não é verdade, nem há qualquer documento que embase esta versão da idade da cidade.

Se tomarmos o primeiro movimento para a fundação de uma vila no Planalto de Piratininga, temos que retroceder para 1532, quando Martim Afonso de Souza sobe a serra e funda formalmente, de acordo com os ritos portugueses, a Vila de Piratininga, próxima de Santo André da Borda do Campo, onde morava João Ramalho, e que devia ser uma taba tupi.

O segundo movimento é a mudança do pelourinho de Piratininga para Santo André da Borda do Campo, em função do fracasso da primeira vila, o que transforma a aldeia de João Ramalho na segunda vila formal do Planalto. E se a história se basear no movimento dos jesuítas, estes sobem a serra e inauguram o primeiro colégio em agosto de 1553.

Se a fonte for o documento oficial da instalação do pelourinho da Vila de São Paulo de Piratininga, a data correta é 1560, quando João Ramalho e o Padre Manuel da Nóbrega levam a Mem de Sá, governador geral do Brasil, o plano para a fusão da vila de Santo André e do colégio dos jesuítas como solução para a continuidade da presença portuguesa no Planalto.

Em nenhum momento 1554 aparece como data da fundação de uma vila. Tanto é assim que, no dia 25 de janeiro, o Provincial da Ordem, Padre Manuel da Nóbrega, estava na região de Itu, explorando o caminho do Peabiru, e não participou da missa pelas novas instalações do colégio dos jesuítas. Também não é verdade que o responsável pela fundação de São Paulo foi o Padre Anchieta. Em 1554 ele não era padre, era noviço, sob o comando do Padre Leonardo Nunes, responsável pelo colégio no Planalto.

Por que 1554? Porque a história conta a versão dos vencedores.

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