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Crônicas & Artigos

em 29/11/16

Aljubarrota e o Brasil

Quantos brasileiros já ouviram a palavra Aljubarrota? Quantos sabem o que é Aljubarrota? Quantos entre os muito poucos que sabem, ligaram Aljubarrota ao Brasil?

Portugal tem três mosteiros que marcam os grandes momentos da história do reino. Alcobaça, Batalha e Jerônimos.

Alcobaça marca a fundação de Portugal, sob o comando de D. Afonso Henriques. Batalha marca a vitória portuguesa contra os espanhóis em 1385 e a restauração do trono, sob o comando de D. João I. Jerônimos marca a expansão marítima e a construção do império, sob o comando de D. Manuel, o Venturoso.

São três momentos fundamentais na história da humanidade, três feitos realizados pelo povo de um pequeno país, espremido entre a Espanha e o Oceano.

D. Afonso Henriques, neto do rei de Castela, faz a independência portuguesa. Para comemorar sua vitória na batalha de Ourique, doa terras para os monges de Cister erguerem o mosteiro de Alcobaça, marco do início do reino.

Em 1385, os portugueses, comandos por D. João de Avis e pelo condestável Nuno Álvares Pereira, derrotam os espanhóis na batalha Aljubarrota e sagram rei D. João I, Mestre da Casa de Avis, a grande dinastia responsável pela construção do império marítimo português.

O marco da Casa de Avis é o Mosteiro da Batalha, obra tão impressionante quanto a Alcobaça e que fica devendo pouco – se é que deve – aos Jerônimos, o mosteiro erguido em Lisboa por D. Manuel I, para comemorar as navegações e a pujança do reino.

Sem Ourique não haveria Aljubarrota. E sem Aljubarrota não haveria as navegações, nem a história do Brasil, como aconteceu.

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