Alckimin vai chegando
O Governador Geraldo Alckmin aprendeu a lição e está fazendo política como poucos políticos do partido dele ainda sabem fazer. Discretamente, ele vai comendo pelas bordas e ocupando o campo.
Dizendo que não queria, vai ser o presidente do PSDB, segundo ele, para unir o partido.
Fala numa linguagem mais direta, para reconstruir o que sobrou do partido, estraçalhado pelos seus companheiros de legenda com a sem cerimônia dos suicidas depois do pulo.
Jeitoso, o Governador, fã de Monteiro Lobato, vai escrevendo seu roteiro, colocando os pronomes nos lugares certos e colhendo os frutos da lição de casa bem feita.
Não tem ninguém no partido que possa disputar a merecida liderança com ele. O PSDB ou é Geraldo Alckmin ou é Geraldo Alckmin. Os outros fizeram o favor de se abaterem em pleno voo solo, cada um caindo de uma maneira, todas muito eficientes e providenciais para deixar o Governador sozinho na raia. E ele começou a correr.
No cenário nacional, hoje, ele é de longe o melhor nome para o Brasil. Falta carisma? O melhor carisma é ter sido quatro vezes governador de São Paulo. Isso é único na história do Brasil, como é único, apesar dessa exposição, nunca ter sido metido em algum escândalo mais cabeludo.
Diz o ditado que caldo de galinha e cautela não fazem mal a ninguém. Geraldo Alckmin sabe disso e tem conduzido a caravana com olhos no cenário nacional e mãos na sintonia fina, para manter a toada no ritmo certo, no tempo certo, com pouca marola, mas com água embaixo.
Ele cresceu e assumiu a presidência do PSDB. Do jeito que o barco navegava, bateria nas rochas e o seu naufrágio seria um desastre para suas ambições e para o país. Agora, ele precisa acertar com os russos.
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