Agora pegou
Nem demorou tanto assim, mas o pessoal estava ficando ansioso. Parecia que ia faz tempo, mas faz tempo que também não ia. Não porque não desse para ir, mas não era hora de ir, essa a diferença entre janot, com letra minúscula, e Sérgio Moro, o juiz que está tocando a Lava Jato.
Enquanto o procurador geral da república dava vexame em cima de vexame, o juiz de primeira instância dá uma aula de respeito à lei, de ponderação, de bom senso.
Por isso suas sentenças são invariavelmente majoradas pelo Tribunal Federal, em Porto Alegre, enquanto as decisões do procurador geral são desmoralizadas pela sua própria natureza.
Lula já está condenado a mais de 8 anos de cana fechada. Mas uma única condenação em primeira instância é pouco para o líder dos postes que destruíram o Brasil e dos ladrões que assaltaram o caixa da pátria.
Quem entregou o jogo foi seu fiel escudeiro, o todo-poderoso, o duas vezes ministro, Antonio Palocci. Um cidadão que, se fosse honesto, seria um grande quadro em qualquer país do mundo.
Palocci meteu a boca no trombone. Contou detalhes de uma armação perfeita para dividir o butim e ficar com 300 milhões de reais, mais uma série de penduricalhos pagos pela Odebrecht.
O negócio foi feito com Lula, fechado com Lula e envolveu a cúpula do PT, da presidenta que faz pastel de vento ao próprio Palocci.
Se antes a defesa de Lula dizia que quem acusava não tinha provas, agora mudou tudo. Quem acusa articulou, participou, validou, agiu junto, sabe detalhes, tem as provas, viu a coisa girar.
Quem acusa fazia parte do cérebro da quadrilha, estava no topo. Vai ser muito difícil derrubar as acusações. E janot, o ínfimo, estará fora de cena. A bola, as camisas e o campo são de Sérgio Moro. É deixar jogar.
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