Agora é férias
Entre este e aquele, o brasileiro não quer nenhum dos dois. Também não quer o terceiro, nem o quarto e é aí que mora o perigo. Um picareta, disfarçado de cavaleiro andante, de Ivanhoé do século 21, pode surgir do nada, empolgar e levar o prêmio.
Se o Brasil não precisa de alguma coisa, é de alguém assim. Os salvadores da pátria são o pior câncer que pode atingir uma nação. É olhar nossa história recente para não se ter dúvida disso.
Mas o desalento é tão grande, a frustração tão forte e a falta de esperança tão exasperante que, de repente, qualquer promessa vale, ainda que tendo tudo para dar errado.
A Lei de Murphy é absolutamente verdadeira e não falha: se alguma coisa pode dar errado, dará. Então, vamos com calma, não vamos esperar milagres, nem vamos apostar no escuro.
É hora de cabeça fria, ponderação e mais ação do que palavras. Mas ações consistentes, planejadas, com um objetivo e a forma de se chegar lá.
Está na hora de reconstruir o Brasil, mas isso não vai acontecer da noite para o dia. Temos a chance de fazer bem feito, então vamos aproveitá-la. Criar as bases reais para uma nação mais justa e mais honesta.
Não se enganem, o problema não são os políticos ou o Judiciário, eles apenas espelham a sociedade. A nação está doente. É ela que que tem que ser curada. E acura é longa e dolorida.
O roteiro não é novidade. Precisamos mexer na educação e na saúde. Sem isso, todo o resto vira poeira. Saúde e educação. Educação e saúde. Saúde e educação. Tem que ser o mantra e o foco das ações.
Mas agora é férias. Vamos desligar, aproveitar, descansar e nos preparar para o combate à frente. Ou nós fazemos, ou nós fazemos.
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