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Crônicas & Artigos

em 07/06/16

Aconteceu o óbvio

Estou na Rádio desde 1989. Pouco depois do meu ingresso, as notícias já contavam dos assaltos com pedras atiradas contra os carros nas estradas paulistas. Aliás, não foi por outra razão que as passarelas em cima delas foram fechadas com telas. Esperava-se que a medida fosse suficiente para impedir a ação dos assaltantes. Mas entre a realidade e a teoria o espaço é bem grande. Tanto que eu já tive meu carro atingido por pedrada na Via Anchieta, quase no final da serra.

Não há quem não saiba, por ter o desprazer de ter sido vítima ou por conhecer alguém que o foi, dos enormes riscos representados pela falta de ações concretas para coibir os assaltos no caminho do litoral.

E não são apenas pedradas. Os arrastões são a cereja do bolo nos engarrafamentos que prendem os motoristas e os deixam à mercê dos bandidos porque a polícia chega sempre depois.

Curiosamente, cada vez que acontece um fato mais pesado, as autoridades imediatamente se dizem preocupadas e prometem soluções, que vão do aumento do policiamento à adoção de medidas como a instalação de câmeras de segurança.

Só que, mais curiosamente ainda, na prática não acontece nada, ou quase nada. Policiar não é apenas reprimir ou prender, é planejar para evitar o crime e isso é coisa que não se vê.

O resultado está aí, no crime bárbaro que matou um jovem dormindo no banco do passageiro de um carro que descia a serra pela Imigrantes.

Uma pedra de 20 quilos não é para amadores. E foi jogada de um local onde, ao longo do dia, mais de dez bandidos faziam a mesma coisa.

Será que, em época de internet, a polícia pode dizer que não sabia o que estava acontecendo? Quando fizeram o tal muro, não era lógico imaginar que isso poderia acontecer? Então, por que não fizeram nada?

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