A vida é o maior presente
Todo dia de manhã, ao acordar, não se esqueça de agradecer. Agradeça, antes de tudo, estar vivo; depois, todas as outras graças recebidas.
Até quando o que você tem não se parece com uma dádiva, nem tão bom assim, se olhar em volta, verá que tem alguém pior do que você. E se este alguém olhar em volta, também encontrará alguém pior do que ele.
É a vida, é da vida. Que é também o maior presente. A vida é milagre, a vida é chama sagrada, a vida transcende corpo e alma, transcende querer ou não querer, transcende a compreensão humana.
Ela é! Apenas isso: a vida é. Ou se está vivo ou não se está vivo. E, no universo humano, o que não está vivo não existe. Pode ter existido, pode vir a existir, mas, naquele momento, o que não está vivo não existe.
A vida é a possibilidade de todas as possibilidades. Estar vivo é o único caminho para percorrer seu caminho, marcar o chão, fazer ou não fazer, mas deixar no mundo uma marca, nem que seja uma gota de vapor saído da boca numa manhã de inverno.
Será a sua marca. O sinal que garante a sua passagem, que perpetua a lembrança da sua vida, como os dinossauros, cujas sombras ainda estão viajando rumo a uma estrela distante, Alfa–Centauro, ou outra constelação mais longe ainda.
Nada que existiu deixa de existir, mas as formas de existência se transformam, se alteram, e, entre elas, a vida também se altera, acaba como vida para se transformar em lembrança, em poeira, cinza ou alimento para outras vidas.
O que eu sei da vida? Nada. Sei apenas que agora estou vivo. Me surpreendo com o milagre e agradeço, como agradeço todas as manhãs estar vivo e muito mais.
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