A sujeira do centro
É verdade, está melhor do que estava, mas não quer dizer que não continue ruim. O Centro Velho de São Paulo foi detonado pela administração Fernando Haddad. A administração João Doria fez que ia fazer, levou gente para cá, levou gente para lá, prometeu acordos e patrocínios de todos os tipos e a coisa, pelo jeito, não girou.
Pelo menos no Largo do Arouche, onde a Academia Paulista de Letras foi chamada para ser parceira, o que deveria funcionar, com o apoio de uma comunidade estrangeira importante na cidade, simplesmente não decolou. Não aconteceu nada de parecido com o que foi vendido.
Não é só o Largo do Arouche que não girou. O resto da cidade, volto a dizer, está melhor, mas está longe de estar apresentável. A sujeira começa na esquina da sede da Prefeitura, na Praça do Patriarca, logo do outro lado da rua, onde estão instalados vários órgãos e departamentos municipais.
Eu sei que um ano é pouco tempo para se ter resultados práticos numa parada desse porte. Tem muito para ser feito e a tarefa é complexa porque envolve muita coisa e muita gente, com interesses divergentes, quando não absolutamente antagônicos.
Mas, agora, com o um novo Prefeito interessado e focado na cidade, tenho a esperança de que as coisas possam caminhar mais rapidamente, ainda que com soluções mais simples e pragmáticas.
O que não dá é o Centro Velho ser recuperado enquanto ele não for ao menos minimamente cuidado. As calçadas reformadas, os prédios limpos das pichações e o lixo tirado das ruas.
Um lugar que mostra que dá para fazer girar é o Largo do Ouvidor. As reformas feitas lá são a prova de que é possível dar dignidade para uma região que foi degrada. Mais do que tudo, o Largo do Ouvidor mostra que o povo pode ser o grande beneficiário deste processo.
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