A representação é do cargo, não da pessoa
O Brasil é um país no mínimo inusitado. Imagino um japonês tentando entender como uma nação que tem como slogan “Pátria Educadora” teve, durante anos, uma Presidente que se dizia presidenta e que ainda por cima queria estocar vento.
Tento imaginar um chinês olhando em volta e vendo a capacidade de desperdício de alimento, com milhões de pessoas no limite da miséria. Ou como reagiria um bispo irlandês, descobrindo que a Igreja Católica divide seus fiéis com o candomblé, a macumba e o espiritismo.
Mas o mais fantástico é lembrar que o país campeão em feriados não considera importante reverenciar a data do começo de tudo. Dia 21 de abril é a data do nosso descobrimento oficial, mas não é feriado, enquanto dezenas de outras datas sem muita relevância são preservadas e enaltecidas, até quando não se tem certeza do que aconteceu nelas.
As reações nacionais são tão complexas que Getúlio Vargas, que corria o sério risco de ser deposto com massivo apoio popular, ao se matar, com um tiro no peito, entrou para a história como o pai dos pobres e atrapalhou o Brasil nos últimos 60 anos.
E o movimento de 1964, que contou com amplo apoio popular para a deposição de Jango Goulart, à época tão rejeitado quanto Collor e Dilma, hoje é descrito como um golpe militar, deflagrado contra um presidente apoiado pelo povo e que nunca agrediu a ordem legal do país.
Agora mesmo, nossa presidenta que foi estudanta, mas aprendeu muito pouco, está afastada, mas conserva uma enorme mordomia, como se o palácio, o avião e as verbas de representação da Presidência fossem da pessoa e não do ocupante da cadeira.
O duro é que quem paga a conta somos nós, mesmo ela atrapalhando o país. É preciso terminar o processo de impeachment o mais rápido possível.
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