A parada segue em frente
Depois dos ipês e das azaleias, agora é a vez dos jacarandás mimosos. Algumas ruas, como a Rua Pernambuco, em Higienópolis, ficam deslumbrantes com as flores roxas quebrando o horizonte curto da rua pequena.
Os jacarandás não falham. Tanto faz se tem eleições, se os seres humanos são capazes de tolices sem tamanho, se tudo o que poderia dar certo pode dar errado. Para eles a hora da florada é sagrada e entram em cena com a mesma vontade com que as amoreiras carregaram. É jogo de taça, não tem como brincar em serviço. Os jacarandás mimosos sabem disso, por isso chegam com a corda solta e a vontade louca de serem comparados aos ipês, que este ano deram show.
Durante o ano, pouca gente presta atenção nos jacarandás. Mas nesta época a festa é deles, ou quase deles, porque tem mais gente interessada no assunto e disposta a fazer bonito.
As grandes e pesadas tipuanas. As maravilhosas tipuanas, que enfeitam bom número de ruas da cidade, também têm seu momento e querem dividi-lo com os demais cidadãos.
Estão floridas e o amarelo leve de suas flores contrasta com o verde vivo das folhas, recriando a bandeira nacional nas copas densas e grandes que dão sombra para as ruas paulistanas.
As plantas têm lugar especial na qualidade de vida de São Paulo. Se não servem para melhorar o trânsito, nem são alternativa válida para os desmandos da CET, servem para alegrar o dia de quem fica parado nas ruas engarrafadas.
Servem para dar um sentido positivo, um momento de paz para o brasileiro sofrido que vê pouca mudança no que está aí. As plantas falam de perenidade, de continuação, ideias que nos dão esperança para o futuro.
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