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Crônicas & Artigos

em 23/04/15

A paineira vingadora

por Antonio Penteado Mendonça

Eu escrevi que a florada das paineiras este ano está menor do que costuma ser. Seja pelo clima, pela insatisfação com os rumos do país, com o que quer que seja, a verdade é que as paineiras estão menos exuberantes do que nos últimos anos.

Pra se tirar isso a limpo é só cruzar a Ponte da Cidade Universitária. Os renques estão lá, as árvores estão floridas, mas nem de longe a florada lembra as grandes floradas que já marcaram o outono, festejando a partida das bandeiras que demandavam o sul e o Guairá.

Aqui cabe um aviso. Cuidado, você que vai da Ponte da Cidade Universitária em direção à USP, no segundo quarteirão da Rua Alvarenga a CET instalou um radar que tem como único objetivo multar.

Não duvide, a razão dele estar lá é engordar o caixa da Prefeitura e da própria empresa que paga o cafezinho de seus nobres agentes com parte da grana arrecada da com as multas.

Como a ideia é fazer bem feito, dentro da incompetência profissional que é marca registrada da CET, a velocidade da Alvarenga foi silenciosamente reduzida para 50 quilômetros por hora. E, pra completar, colocaram só uma placa, meio como quem não quer nada, solta do lado direito, presa num poste.

Quer dizer, quando a rua deixa, a turma vem como sempre, passa pelo radar e pimba! Está ajudando a Prefeitura a engordar o caixa.

Mas voltando às paineiras, foi eu escrever e uma delas, próxima da Ponte Cidade Jardim, decidiu brigar pela honra e o nome da espécie. Floriu como gente grande. Está completamente coberta de flores avermelhadas, enfeitando o pedaço para brincar com o vento e os sabiás.

Se alguém tem dúvida do que pode uma paineira, é só chegar lá. Ela recebe o povo com a soberba dos cardeais de antigamente.

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